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O Natal é talvez o feriado mais popular do mundo. Pessoas de diversas culturas e perspetivas — desde os religiosos fervorosos que clamam "devolvam Cristo ao Natal" até ateus famosos como Richard Dawkins e Sam Harris — participam em alguma forma de celebração natalícia. Com o Natal a aproximar-se a passos largos, vamos fazer o que alguns podem considerar uma comparação estranha: Natal versus Páscoa.
O que tem a Páscoa a ver com o Natal? Uma breve análise mostra que estas duas celebrações se opõem e oferecem uma perspectiva reveladora sobre o que constitui o verdadeiro Cristianismo. Deve um cristão celebrar o Natal, a Páscoa, ambos ou nenhum? Recorrendo à Bíblia, responderemos a esta importante pergunta.
O que diz a Bíblia sobre o Natal? Embora apresente um relato relativamente breve do nascimento de Jesus, não contém qualquer instrução para que os Cristãos celebrem o Natal em qualquer época ou de qualquer forma. E, com a informação que fornece, podemos determinar que Cristo nasceu no Outono — e não no dia 25 de Dezembro. Então, porque é que o Natal é celebrado a 25 de Dezembro? De acordo com o History.com, “o Papa Júlio I [por volta de 350 d.C.] escolheu o dia 25 de Dezembro. É geralmente aceite que a igreja escolheu esta data num esforço para adotar e absorver as tradições do festival pagão da Saturnália” (“História do Natal”, 2 de Março de 2025).
Para reiterar, o Natal nunca é mencionado na Bíblia; a data do nascimento de Jesus nunca é celebrada, nem são dadas instruções para a celebrar; Ele e os Seus seguidores não a celebravam; e Ele não nasceu a 25 de Dezembro. A Bíblia não menciona diretamente as árvores de Natal, mas Jeremias 10:2-5 descreve uma prática pagã de decorar árvores — que Deus condena (Deuteronómio 12:29-32).
Agora, considere a Páscoa. A Bíblia menciona a Páscoa dezenas de vezes, a primeira em Êxodo 12, onde Deus instrui Moisés a ordenar aos Israelitas que sacrificassem um cordeiro, colocassem o seu sangue nos batentes das portas das suas casas e permanecessem nas suas casas durante toda a noite, enquanto os primogénitos do Egito eram mortos na última das dez pragas. A partir deste momento, a Páscoa tornou-se uma das Festas de Deus (Levítico 23:4-5), que foram observadas por gerações do povo de Deus, como relatado nos dias de Josué (Josué 5:10), Ezequias (2 Crónicas 30:1), Josias (2 Crónicas 35:1) e Esdras (Esdras 6:19-20). Os Cristãos reconhecem que a Páscoa prenunciou um acontecimento extremamente significativo: a morte do Filho de Deus, frequentemente chamado “o Cordeiro” (João 1:29; Apocalipse 5:6; 7:14; 22:1–3) e até mesmo a “nossa Páscoa” (I Coríntios 5:7).
O Novo Testamento mostra muitos exemplos de Jesus Cristo e dos seus seguidores a celebrar a Páscoa. Jesus disse que desejava muito comer a Páscoa com os Seus discípulos. Explicou antes do Seu sacrifício que o pão ázimo partido representava o seu corpo partido e que o vinho simbolizava o seu sangue derramado — aspetos centrais da Nova Aliança (Lucas 22:14–20).
A Páscoa era uma comemoração vital para a Igreja do primeiro século, como mostrou o Apóstolo Paulo — ensinou aos crentes gentios em Corinto quando, como e porquê guardar a Páscoa Cristã, explicando que os Cristãos, ao celebrarem a Páscoa comendo o pão e bebendo o vinho, recordam e proclamam a morte do seu Salvador até que Ele regresse (I Coríntios 11:23–26).
O contraste entre o Natal e a Páscoa é fascinante. Um é extremamente popular e procura celebrar o nascimento de Jesus. O outro, nem de longe tão popular, recorda e proclama a Sua morte. Um tem raízes nos costumes e tradições pagãs, enquanto o outro vem diretamente da Bíblia. Um nunca foi celebrado por Jesus ou por qualquer dos Seus discípulos. O outro foi celebrado por Jesus e pelos Seus seguidores — e tem sido celebrado pelo povo de Deus há milhares de anos.
Então, que dia devem os Cristãos celebrar? Se usarmos a Bíblia como nosso guia — recorrendo ao Antigo ou ao Novo Testamento — encontramos apenas um destes dois feriados, e é descrito nas Escrituras muitas vezes. Não encontramos o outro feriado na Bíblia uma única vez. Assim sendo, deve surgir uma conclusão objetiva e bíblica: Não há comparação entre o Natal e a Páscoa.