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Será Que a Europa se Vai Impor?

Num impactante artigo publicado no Politico, Gary Kasparov, antigo campeão mundial de xadrez e defensor público da democracia, e Gabrielius Landsbergis, membro do Conselho Europeu dos Negócios Estrangeiros e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, destacaram a atual ineficácia da União Europeia no palco mundial (3 de Agosto de 2025). Afirmam que a UE que conhecemos hoje foi fundada com base nos princípios da paz, da diplomacia, do gradualismo e da cooperação — por isso, a maior parte dos esforços da UE para trabalhar com os seus adversários envolveu tentar conduzi-los pacificamente à mesa das negociações. No entanto, estes autores alegam que esta filosofia não funciona no mundo atual, onde os ditadores e os líderes extremistas estão em constante ascensão. Na sua opinião, o gradualismo é ineficaz com tais governantes e “apenas alimenta a sua agressividade”.

“A solução”, afirmam, “exige uma reformulação completa do que será a liderança Europeia no século XXI, em resposta às novas ameaças que o continente enfrenta”. A sua visão reflete-se bem no título do ensaio: “O futuro da Europa depende do confronto, não do compromisso”. Concluem o ensaio afirmando: “A Europa não está condenada ao fracasso. Mas para sobreviver, será necessário compreender que a liberdade já não é gratuita e que todos os meios disponíveis devem ser utilizados para a defender”. No fundo, sugerem que a Europa comece a adoptar uma postura mais “Chega de bonzinho” em relação aos assuntos mundiais, ou corra o risco de se tornar irrelevante. Uma mudança tão drástica de rumo poderá obrigar a UE a repensar a ideia da “Europa a duas velocidades”, que tem vindo a ser debatida há tanto tempo.

 

O Futuro do Euro

O dólar Norte-Americano tem sido a moeda de reserva global durante décadas, mas a sua recente instrumentalização está a levar as nações a procurar alternativas. Uma das potenciais alternativas que tem vindo a ganhar atenção mundial é a moeda “unitária” que está a ser considerada pelos países BRICS, embora ainda se mantenha numa fase teórica. No entanto, a União Europeia já detém o euro, e alguns líderes defendem esforços para aumentar o seu perfil como moeda global alternativa. Em Maio de 2025, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, sugeriu que “o euro poderia tornar-se uma alternativa viável ao dólar, trazendo imensos benefícios ao bloco das 20 nações, se os governos pudessem fortalecer a arquitetura financeira e de segurança do bloco” (Reuters, 26 de maio de 2025).

As nações e os investidores, preocupados com a natureza errática da política orçamental dos EUA, têm migrado recentemente do dólar para o ouro. Lagarde, no entanto, sugeriu que a Europa deve aproveitar a situação atual: “As mudanças em curso criam a oportunidade para um ‘momento euro global’”. Ela observou que tal situação não surgirá por acaso; deve ser procurada. A mesma reconheceu ainda que “qualquer papel reforçado para o euro deve coincidir com uma maior força militar que possa apoiar as parcerias”. E a confiança na UE parece estar a crescer. Uma sondagem recente mostrou que mais Europeus confiam na UE do que nos seus próprios governos nacionais (Reuters, 28 de Maio de 2025).

À medida que as decisões voláteis dos EUA impulsionam a Europa no palco mundial, é importante observar estes acontecimentos na perspetiva da profecia Bíblica. A palavra de Deus revela que uma futura potência Europeia, a “besta”, se tornará também um importante motor do comércio global (ver Apocalipse 17–18). Este esforço poderia ser muito melhorado se a moeda Europeia se tornasse mais amplamente utilizada e fiável.

 

Jovens Europeus Perdem a Fé na Democracia

A democracia é aclamada por muitos como a melhor forma de governo alguma vez inventada pela humanidade. No entanto, para surpresa de alguns, a democracia não é a forma de governo mais duradoura nem a mais estável. Os defensores da democracia afirmam que esta empodera o povo e possibilita maiores liberdades, mas o que acontece quando a democracia não cumpre as suas promessas?

Um novo estudo reflecte a desilusão que muitos jovens Europeus sentem em relação à democracia. “Apenas metade dos jovens em França e Espanha acredita que a democracia é a melhor forma de governo, com um apoio ainda menor entre os seus pares polacos” (The Guardian, 4 de Julho de 2025). De forma preocupante, 21% admitiram que prefeririam um regime autoritário à democracia em algumas circunstâncias. Entre aqueles que se identificam como desfavorecidos e “politicamente à direita do centro”, apenas um terço apoia a democracia. Como observou um politólogo da Universidade Livre de Berlim, “A democracia está sob pressão, interna e externa”.

Embora as perspectivas destacadas por este estudo recente não sejam surpreendentes, dada a incerteza política nas democracias actuais, são particularmente preocupantes de uma perspectiva profética. Quando as pessoas se desiludem com os seus governos, tornam-se mais recetivas a algo diferente. E quando um líder poderoso surge com promessas de um caminho melhor, estes indivíduos estarão mais dispostos a segui-lo. É exatamente isto que a Bíblia profetiza que acontecerá no fim dos tempos: um líder político extremamente influente surgirá na Europa, aliado a um líder religioso que realizará sinais e prodígios (ver Apocalipse 13).

 

O Poder Destrutivo da Canábis

Durante décadas, os defensores da canábis têm propagandeado a suposta segurança da canábis ou marijuana para uso recreativo, mesmo perante muitos estudos que mostram o contrário. Esta abordagem errada levou muitos estados e países a descriminalizarem o seu uso. No entanto, mesmo com a expansão do consumo, novas pesquisas continuam a reforçar os inúmeros perigos desta droga psicoativa. Um estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, por exemplo, mostra que “os fumadores crónicos de canábis apresentam vasos sanguíneos com funcionamento comprometido, semelhante ao dos fumadores crónicos de tabaco” (LiveScience, 3 de junho de 2025). O investigador principal do estudo alertou ainda para os efeitos negativos dos comestíveis de canábis (brownies e pastilhas elásticas) na saúde, referindo que “os comestíveis com THC também parecem estar associados a este problema”. O uso de canábis está também associado a um risco aumentado de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.

A canábis é uma droga que causa dependência que prejudica a memória, a aprendizagem, a atenção, a coordenação motora e o tempo de reação. Danifica os pulmões e está ligada à ansiedade social, depressão, esquizofrenia e diminuição da fertilidade masculina. Entre as grávidas, está associada a bebés com menor peso à nascença, “o que coloca o bebé em risco de ter mais dificuldade em se alimentar, ganhar peso e evitar infeções. O uso de canábis também aumenta as probabilidades de um bebé nascer morto” (Departamento de Segurança Pública do Maine, Junho de 2025). Em última análise, o THC torna a canábis uma droga psicoativa — o que significa que altera a função cerebral, interferindo com os pensamentos e as emoções.

O uso de canábis, assim como a embriaguez provocada pelo álcool, resulta em intoxicação. A Bíblia afirma claramente que os bêbados — aqueles que procuram a embriaguez — não herdarão o Reino de Deus (I Coríntios 6:10) e ensina que o corpo é o “templo” do Espírito Santo de Deus (v. 19). Tais fortes advertências deixam claro que não devemos colocar no nosso corpo substâncias que os destruam. Embora os defensores do uso recreativo da canábis proclamem as suas virtudes, os factos revelam que se trata de uma droga perigosa e destrutiva.

 

As Complexidades da Via Láctea

Os cientistas previram que a nossa galáxia, a Via Láctea, pode albergar mais de 100 galáxias satélites ténues — muito para além das cerca de 60 que já foram catalogadas — utilizando simulações de matéria escura de última geração e novos modelos matemáticos (Live Science, 14 de Julho de 2025). A ideia de galáxias ocultas foi recentemente apresentada na Reunião Nacional de Astronomia da Sociedade Real de Astronomia, em Durham, Inglaterra, e dá-nos uma ideia da mão divina do Criador no universo que nos rodeia.

Embora os astrónomos estejam apenas agora a descobrir que estas galáxias ocultas podem existir, a Bíblia revela que Deus “conta o número das estrelas; a todas chama pelo nome” (Salmo 147:4). Cada galáxia invisível fala do conhecimento e da sabedoria infinitos de Deus. À medida que estas galáxias satélites se tornam visíveis, testemunham um Criador que ordena até as mais pequenas maravilhas. O rei David, que também contemplava as estrelas, escreveu: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Salmo 19:1). Os astrofísicos teorizam que halos de matéria escura — invisíveis a olho nu — esculpem o cosmos, orientando a formação e a trajetória de cada galáxia. Nestas influências poderosas, mas silenciosas, vislumbramos a mão do nosso Criador e a ordem divina que molda todas as coisas. A possibilidade real da existência de centenas de galáxias ocultas serve para aprofundar a nossa percepção do poder criador de Deus.

 

Será Que Um Local de Testes Nucleares Russo Será Reiniciado?

A Rússia pode estar a preparar-se para retomar os testes de armas nucleares pela primeira vez desde 1990. Altos funcionários russos, incluindo parlamentares e líderes militares, visitaram o local de testes de Novaya Zemlya — uma instalação da época da Guerra Fria onde a União Soviética realizou mais de 130 testes nucleares. Novaya Zemlya foi o local da detonação da Tsar Bomba em 1961 — a explosão nuclear mais poderosa de que há registo. O local está, segundo consta, “totalmente pronto para combate”, com pessoal e equipamento preparado para iniciar os testes, caso seja ordenado (MSN, 27 de Agosto de 2025). Alguns membros da linha dura Russos têm defendido um teste nuclear real como demonstração de desafio ao Ocidente no meio das tensões sobre a Ucrânia. O contra-almirante Andrei Sinitsyn, que supervisiona a instalação, afirmou que os testes poderiam começar imediatamente, se autorizados.

Dmitry Stefanovich, analista de defesa do Centro Russo para a Segurança Internacional, alertou que as pressões internas — especialmente de uma nova geração de autoridades nucleares — podem impulsionar os testes. Deu nota que não há necessidade técnica de detonações reais, uma vez que a Rússia possui tecnologias de simulação avançadas.

O ressurgimento de posturas militares extremas, incluindo ameaças nucleares, reflete uma perda drástica de contenção internacional — mesmo quando as Escrituras alertam para um tempo vindouro em que a paz será tirada da Terra (Apocalipse 6:4).