Notícias

Comentário sobre este artigo

A "Policrise" Global

Em todo o mundo, assistimos a uma catástrofe ou crise global após outra. Embora o mundo sempre tenha vivido guerras, desastres naturais e um certo caos político, algo está hoje notavelmente diferente — e os analistas e autores estão atentos. No início deste ano, um artigo no The Guardian começava assim: "Dois meses depois de 2025, a sensação de pavor é palpável... Os desastres que ocorrem uma vez por século estão a acontecer quase uma vez por mês, tudo no meio de guerras devastadoras e logo após uma pandemia" (6 de Março de 2025).

Há até um novo termo para descrever esta "era de calamidade" — policrise, referindo-se à "ideia de que não só enfrentamos um desastre após o outro, mas que estas confusões estão todas interligadas, tornando as coisas ainda piores". Um professor de História da Universidade de Columbia observou: "os choques são díspares, mas interagem de tal forma que o todo é ainda mais avassalador do que a soma das partes". No entanto, alguns historiadores afirmam que o que estamos a testemunhar não é mais do que "apenas a história a acontecer" ou que isso não é novidade. Em contraste, o politólogo Thomas Homer-Dixon acredita que tantos acontecimentos estão a acontecer a um ritmo tal que muitos não conseguem processar intelectualmente tudo. "Se não está realmente assustado com o que se passa no mundo", afirma Homer-Dixon, "está em morte cerebral".

Não devemos ficar chocados com os eventos climáticos que se desenrolam em todo o globo. A Bíblia fala de um tempo vindouro de trauma global que será sem precedentes na sua escala e impacto. Eventualmente, advertiu Jesus Cristo, a humanidade experimentará “grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá” (Mateus 24:21). Imediatamente antes desse tempo, serão desencadeadas múltiplas crises que, em conjunto, trarão devastação a um quarto do globo (Apocalipse 6:1-8). Embora ainda não tenhamos entrado na plenitude destes dias, não devemos ficar surpreendidos à medida que os acontecimentos mundiais começam a alinhar-se com as profecias inspiradas da Palavra de Deus.

 

Europa Prepara Cidadãos para a Guerra

Em orientações recentemente divulgadas, a Comissão Europeia aconselhou os cidadãos a começarem a acumular alimentos e água para pelo menos três dias (CNN, 26 de Março de 2025). O documento de 18 páginas pretende ajudar os cidadãos da UE a mudar a sua mentalidade para uma de resiliência e preparação e cita a guerra na Ucrânia, a pandemia de 2020 e a escassez na cadeia de abastecimento como exemplos de crises de grande escala. Embora a publicação e os pronunciamentos relacionados falem de "preparação geral para desastres", as ações dos líderes demonstram um foco muito específico: a Europa deve estar pronta para a guerra.

A Noruega está a reabrir bases militares subterrâneas ocultas (BBC, 30 de Março de 2025). A Finlândia prepara-se para sair da Convenção de Otava de 1997, que proíbe a utilização de minas terrestres, impulsionada pelas crescentes preocupações com a Rússia. Em Março, a Polónia e três outros países bálticos anunciaram também a sua intenção de abandonar o tratado (Politico, 1 de Abril de 2025). E a França planeia publicar um documento para orientar o público Francês na preparação para "conflitos armados, ameaças nucleares e desastres naturais" (NBC, 20 de Março de 2025).

Embora o mundo esteja a mudar rapidamente, as pessoas em muitas nações continuam com as suas vidas normalmente. No entanto, para quem vive na Europa, as experiências das duas Guerras Mundiais não estão muito distantes dos dias de hoje. A profecia bíblica fala da crescente ameaça militar na Europa e da chegada de uma potência "besta" liderada pela Alemanha.

 

Alemanha Convida Investigadores Americanos Descontentes a Virem Para a Europa

Uma mudança de governo presidencial nos Estados Unidos resultou em mudanças drásticas nas prioridades de investigação médica e científica financiadas pelo governo. Após regressar à Casa Branca, a administração do Presidente Trump cortou o financiamento a determinadas áreas de investigação, resultando no fim abrupto dos projectos de investigação de muitos cientistas. E a Europa vê claramente isto como uma oportunidade.

Os EUA são há muito a inveja do mundo em muitos campos científicos, e os investigadores Americanos produziram muitas das tecnologias e avanços mais avançados do mundo. Num movimento com visão de futuro, as nações Europeias estão a trabalhar para persuadir cientistas Americanos recentemente descontentes a trabalhar na Europa. Como observou o antigo Ministro da Educação e Investigação Alemão, a Alemanha precisa de se tornar "um país de destino atraente para aqueles que já não podem trabalhar lá [nos EUA]" (Política Externa Alemã, 19 de Março de 2025).

Como afirmou um artigo recente no Politico: “Das universidades às cidades, regiões, países e agora à

Comissão Europeia, a mensagem é clara e contundente: a Europa acolhe os talentos dos EUA e está a fazer tudo para atrair os melhores e mais brilhantes da América” (4 de Abril de 2025).

As universidades Europeias independentes estão a oferecer milhões de euros aos novos investigadores Americanos, e a UE prometeu 500 milhões de euros para o financiamento da ciência e da investigação (Deutsche Welle, 5 de Maio de 2025) — numa altura em que as economias de muitos países da UE estão em dificuldades.

    Após a Segunda Guerra Mundial, os cientistas que imigraram para os Estados Unidos ajudaram a transformar o país na potência científica que é hoje; nos próximos anos, uma inversão deste processo poderá impulsionar a Europa novamente para o topo, tanto em termos científicos (Politico, 17 de Abril de 2025) como militares e económicos. A Europa pode parecer estar a afundar-se, mas o seu futuro mudará o mundo de formas que muitos hoje em dia nunca imaginariam.

 

Uma Aliança Oriental em Crescimento

Durante décadas, a Coreia do Sul e o Japão estiveram intimamente alinhados com os Estados Unidos em oposição ideológica à China. Por sua vez, a China tem tradicionalmente apoiado a Coreia do Norte, inimiga da Coreia do Sul. No entanto, importantes alianças globais estão a realinhar-se diante dos nossos olhos — em consonância com as condições proféticas para as quais esta Obra tem vindo a alertar há décadas.

Os líderes da China, Japão e Coreia do Sul reuniram-se em Março para discutir questões económicas e de segurança comuns e a crescente incerteza global (Reuters, 22 de Março de 2025). O ministro dos Negócios Estrangeiros Japonês comentou: "Acredito que podemos realmente estar num ponto de viragem na história". Os líderes concordaram em realizar uma cimeira no final do ano. Discutiram também o poderoso impacto que as suas três nações poderiam ter na geopolítica se trabalhassem em conjunto. E a China manifestou o desejo de aumentar o número de membros da Parceria Económica Regional Abrangente — um acordo de comércio livre de 15 nações que inclui estes países.

A profecia bíblica prediz uma potência militar sem precedentes originária de uma região a leste de Jerusalém e do rio Eufrates no fim dos tempos. Este grupo de "reis do Oriente" acabará por entrar no Médio Oriente e reunir-se-á no Armagedão com o resto dos "reis da terra e do mundo inteiro" (Apocalipse 16:12-16) para viajarem juntos para Jerusalém e confrontarem o Messias que regressa. À medida que observamos o realinhamento de nações económica e militarmente poderosas na Ásia, estas profecias bíblicas cruciais devem ser lembradas.

 

A Ciência Brinca aos Deuses

Quando o filme Jurassic Park foi lançado em 1993, os espectadores deliciaram-se com a ideia de que a ciência poderia ressuscitar os dinossauros. A maioria, no entanto, entendeu que a ideia de recriar dinossauros a partir de ADN fossilizado era absurda. Trinta anos depois, esta ideia, outrora absurda, está a tornar-se realidade!

A empresa Colossal Biosciences, de Austin, no Texas, está de olho na "desextinção" de animais que consideram ter tido um impacto benéfico na biosfera. Para tal, os cientistas estão a utilizar tecnologia avançada de edição genética para modificar o ADN de espécies existentes (DW.com, 8 de Abril de 2025). Na sua primeira tentativa pública, os cientistas recolheram ADN recapturado de um dente e de um osso da orelha de espécimes de lobos pré-históricos abrigados em museus. De seguida, editaram o código genético do lobo cinzento para melhor corresponder ao da espécie extinta, fazendo apenas 20 alterações em 14 genes. Os embriões fertilizados foram então colocados em cães de aluguer e, 62 dias depois, o mundo assistiu ao nascimento de crias de "lobo-terrível" pela primeira vez em vários milénios. A empresa alerta que não sabe quanto tempo viverão as crias, pois trata-se de uma experiência genética. Mas, até à data, Rómulo e Remo, juntamente com a sua irmã mais nova, Khaleesi, estão a crescer rapidamente. Eles "serão maiores e mais musculados do que os lobos cinzentos modernos, se e quando atingirem a idade adulta". A empresa trabalha agora na "desextinção" do mamute-lanoso e planeia ter uma cria viva até 2028. A empresa espera utilizar a sua tecnologia para ajudar a reverter as extinções causadas pelo homem nos últimos dois séculos.

O trabalho da Colossal Biosciences é entusiasmante, mas também preocupante. Quando os humanos ganharem o poder de recriar criaturas extintas — e até de criar novas criaturas —, reescrevendo o código genético, o que poderá acontecer a seguir? O que deve o homem pensar de si próprio quando pode realizar tais feitos fantásticos? E quem decide quais os limites que podem ou não ser ultrapassados? Houve razões pelas quais Deus escolheu confundir a linguagem humana na torre de Babel (Génesis 11:5-9). Tentar brincar aos Deuses sem a sabedoria de Deus é um jogo perigoso.

OUTROS ARTIGOS NESTA EDIÇÃO

Ver Tudo